A Responsabilidade do Papa Sisto IV na Inquisição Espanhola
A
Inquisição Espanhola foi instituída pelos Reis Católicos, Isabel I de Castela e
Fernando II de Aragão, no final do século XV. A Inquisição Espanhola foi criada
oficialmente em 1478 com o objetivo de combater a heresia e a apostasia, mas
também serviu para consolidar o poder dos monarcas católicos e manter a
ortodoxia religiosa em seus territórios.
O Papa responsável pela autorização e
apoio à Inquisição Espanhola foi o Papa Sisto IV. Ele
emitiu a bula papal "Exigit sincerae devotionis" em 1478, concedendo
permissão aos Reis Católicos da Espanha, Isabel I de Castela e Fernando II de
Aragão, para estabelecerem a Inquisição em seus territórios. A bula também
nomeou os frades dominicanos como os principais inquisidores.
A
responsabilidade do Papa Sisto IV na Inquisição Espanhola estava em permitir
que a Inquisição fosse estabelecida na Espanha e em nomear os inquisidores. A
Inquisição era vista como uma instituição da Igreja Católica e, portanto, a
autorização e o apoio papal eram essenciais para sua criação e funcionamento.
Isso conferiu à Inquisição uma base legal e religiosa para suas atividades.
Durante
o período da Inquisição Espanhola, houve muitas atrocidades cometidas contra
aqueles considerados hereges, incluindo:
1.
Julgamentos e Tortura
A
Inquisição frequentemente conduzia julgamentos secretos nos quais os acusados
eram submetidos a interrogatórios e torturas para obter confissões de heresia.
As torturas incluíam práticas cruéis como o garrote, o potro e o tormento do
tocaia.
2.
Execuções
Aqueles
considerados hereges após os julgamentos eram frequentemente condenados à morte
na fogueira, enforcados ou garroteados em público como um exemplo.
3.
Perseguição aos Judeus e Muçulmanos
A
Inquisição Espanhola também visava judeus e muçulmanos que se converteram ao
cristianismo, mas que eram suspeitos de praticar sua religião original em
segredo. Isso resultou na perseguição generalizada dessas comunidades e na
expulsão em massa dos judeus da Espanha em 1492.
4.
Censura e Controle de Livros
A
Inquisição controlava rigorosamente a literatura, censurando e queimando livros
considerados heréticos ou perigosos.
5.
Intolerância Religiosa
A
Inquisição promoveu uma cultura de intolerância religiosa e medo, levando a um
ambiente de vigilância constante em que as pessoas eram encorajadas a denunciar
vizinhos, amigos e familiares suspeitos de heresia.
As
atrocidades da Inquisição Espanhola representam um dos capítulos mais sombrios
da história, marcados por violência, intolerância religiosa e a supressão da
liberdade de pensamento e crença.
6. Sisto IV, o papa da morte e da Tortura por meio da Inquisição
A
análise da Inquisição Espanhola e o papel do Papa Sisto IV é permeada por um
profundo senso de responsabilidade e justiça.
Ética
Cristã Inabalável
A
ética cristã, que inclui a visão evangélica, é intransigente quando se trata de
princípios fundamentais, como amor, misericórdia e compaixão. Qualquer ação que
viole esses princípios, como as crueldades da Inquisição, é inaceitável à luz
desses valores.
Papel
do Papa sob Escrutínio
Na
perspectiva evangélica, o Papa Sisto IV, como líder máximo da Igreja Católica
na época, compartilha uma parcela significativa de responsabilidade pelas
atrocidades cometidas em nome da fé. A autorização da Inquisição pela Igreja
Católica é vista como uma decisão profundamente problemática, uma vez que deu
origem a perseguições, torturas e mortes em nome de doutrinas religiosas.
Contexto
Histórico não Isenta Culpa
Embora
o contexto histórico da Idade Média possa fornecer alguma compreensão do clima
da época, ele não isenta o Papa Sisto IV ou a Igreja de sua responsabilidade
pelas ações da Inquisição. Os princípios éticos cristãos são universais e devem
prevalecer em todos os momentos da história.
✍️ Fonte: Redação colaborativa Wiktube